Pastel desprovido de recheio: editar Cidade de Deus é o meu pau

Hoje não vou falar sobre literatura, mas sim sobre caras quem mentem para mim. O que é a mentira? Segundo o Houaiss:
substantivo feminino
  1. ato ou efeito de mentir; engano, falsidade, fraude
  2. hábito de mentir Ex.: <vive na m.> <a m. lhe é odiosa>
  3. afirmação contrária à verdade a fim de induzir a erro Ex.: <m. grosseira> <contar m.>
  4. qualquer coisa feita na intenção de enganar ou de transmitir falsa impressão Ex.: uma teoria elaborada à base de mentiras
  5. pensamento, opinião ou juízo falso Ex.: neste país, tudo é m. e presunção
  6. Derivação: por extensão de sentido. aquilo que é enganador, que ilude, que se aproxima da verdade ou é real apenas na aparência; ilusão, fábula, ficção Ex.: a felicidade é uma m.
  7. Regionalismo: Brasil. Uso: informal. pequena mancha branca nas unhas; albugem, leuconiquia
  8. Rubrica: culinária. Regionalismo: Rio de Janeiro. biscoito preparado com massa de pão-de-ló, na forma de um pequeno disco; mentirinha
  9. Rubrica: culinária. Regionalismo: Minas Gerais. pastel desprovido de recheio
Pois bem, uma vez fiz um contato supostamente bem interessante na internet. Fulano entrou no meu blog e depois veio falar comigo. Oi-tudo-bem-o-que-você-faz e aquele papo. Analisando agora, vejo que as coisas começaram meio erradas quando ele disse que trabalhava com cinema. Muito vago trabalhar com cinema. Com o perdão do preconceito, até o cara que me dá desconto na locadora trabalha com cinema. Ele disse que editava filmes, que era uma carreira maravilhosa, que estava bem financeiramente etc. Depois começou a falar que conheceu o Gay Talese em Nova York. Também discorreu sobre como o Mino Carta era um cara legal, e que se tivesse a oportunidade nos apresentaria. Parênteses: caguei para o Mino Carta. E isso tudo em menos de dez minutos de conversa. Estava até apostando no cara e na história dele; falei que precisava fazer um documentário para a faculdade e que talvez ele pudesse dar uns toques na hora da edição. Daí ele disse: "Claro, adoro edição, quando trabalhei em Cidade de Deus blá blá...", ele detalhou não só como montou o filme, mas como foi um trabalho inovador e o escambau. Pensei, "Nossa, que legal", vou atrás do trabalho do cara. Digitei o nome no Google. Nada. Apareceu só um blog muito do mal escrito. Fui no IMDB ver a relação da galera que fez o tal filme. Nada. Fui ver quem era amigo dele, quem ele seguia etc etc etc. Nada. Aparentemente um Zé Ninguém. Fui questionar:
- Então, fui procurar sobre você e seu trabalho e não encontrei nada. Você tem um site ou trabalha em uma produtora?
(Vejam, eu nem estava sendo sarcástica. Faço a linha inocente. De verdade)
- Você acha que eu estou mentindo?
- Só queria saber do seu trabalho mesmo.
Então o cara começou a dizer que curte privacidade, que não é bobo deixar o próprio trabalho exposto na internet e várias outras coisas que já nem lembro. Encerrei o assunto aí. Vira e mexe ele parece no meu Gtalk, todo cheio de ginga, com aquele papinho que costumávamos ter em 1995 quando éramos cabaços da internet. Poucas coisas me causam tanto asco.
Por outro lado já conheci profissionais de calibre de na internet, acho que por tê-los conhecido é que levei esse aí a sério. Qual a vibe das pessoas? Qual o tamanho do dano que sofreram na infância? Qual a graça de contar vantagens para uma estudante qualquer? Só não revelo o nome do protagonista da postagem pois existe a possibilidade de alguma coisa ser verdade. O que é uma pena, seria ótimo nos unirmos em uma corrente de riso e escárnio.

Por falar em dano: Britney Spears por Peter Griffin.

Hoje quero deixar um abraço para o meu pai que prometeu que pagaria aquelas contas e nunca mais tocou no assunto.

5 comentários:

Anônimo disse...

POR ALGUMAS LINHAS PENSEI Q FOSSE EU Q TB TO FAZENDO DOCUMENTARIO PRA FACULDADE E TRABALHO COM EDIÇÃO DE VIDEO...


MAS NAO SOU EU NAO

Phillip disse...

que bom que aprendeste a nunca confiar no povinho do cinema!

:)

desconhecido autor disse...

A única coisa que um homem não faz por uma xoxota é cortar o próprio pau.

De resto (...)

Mas você é uma moça esforçada, Szabatura. Tenha fé.

Já te disse que editei a 1ª versão do "Citizen Kane"? O Orson não gostou muito, remendou os rolos de filme e deu pra outra pessoa fazer o trabalho.

É a vida, né?

Sílvia Mendes disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

cidade de deus o meu pau.

ps: apaguei o outro comentário porque foi linkado com meu profile do falecido blogspot. vergonhoso, sim.