Sobre pessoas triviais e sem qualquer importância: um exemplo de como escrever mal e sem pertinência

Cansada de ser Taísa Szabatura todos os dias da minha vida decidi inovar: por um dia serei o Junior Lima. Junior Lima, caso você não saiba, é o irmão da Sandy. Até onde eu sei, ele deixou aquele look-teen-cafona e agora desfila pelas ruas de São Paulo com a popular aparência europeia dos jovens de boa formação. Não sabe como? Cachecóis, gravatas, óculos de plástico, xadrez, cabelo bagunçado e por aí vai. Quem estiver pensando numa dissertação de mestrado, eu dou uma bela dica: a análise de comportamento de Junior Lima, desde a infância até a idade adulta. Palavras-chave: Pós-modernidade, alienação, fama.

Claro que existe uma banda. Todos dessa laia têm uma banda, um par de all-star branco sujíssimo e o sonho de viver de música. No caso do ex-pupilo do country a organização musical atende por Nove mil anjos e conta com a participação de um antigo membro do Charlie Brown Jr. O bom de ser Junior Lima é que você já é cagado de dinheiro e o talento é opcional. Na verdade ele até deve ter suas capacidades visto que estudou Música com uns caras fodas e aquilo tudo. Mas este blog não foi feito para falar bem dos outros.

Junior Lima tem um moicano na cabeça, duas tatuagens no braço direito e um Twitter na Internet. Junto de seu amigo Marcos Mion ajudou a divulgar o movimento #Forasarney que badalou a rede de microblogs há algumas semanas. Aparentemente entende de militância política e também de rock. Camisetinhas com dizeres óbvios e um Macbook completam o visual do músico.

Para se divertir frequenta bares da Vila Madalena e, se você fizer uma forcinha, poderá até imaginar sobre o que conversa com seus pares: a fome das crianças na África, aplicativos para oIphone e a viagem para a Califórnia onde gravou seu último álbum. Não fuma, bebe com moderação e quero chutar que já fumou maconha umas quatro vezes na vida. Um lado meu adoraria que ele fosse uma espécie de Mary-Kate Olsen brasileira: ídolo infantil, ícone de moda para acéfalos e incrivelmente perturbado com drogas e distúrbios emocionais. Infelizmente ele é apenas bobinho.

Entretanto, essa vida parece legal, eu gostaria de tê-la. (Nota: se você me conhece desde pequena sabe que essa postagem é um grande deboche. Dos dez aos treze anos fui acometida pelo fanatismo por uma certa dupla do pop nacional e reza a lenda que eu era até do fan-clube. Pois nem todo mundo leu A Divina Comédia com 11 anos de idade.)


Fase-sexy-surf: luzes no cabelo e colar de coquinho.

7 comentários:

Rogério/Ruy disse...

Discordo da menção ao bairro. Júnior Lima é muito mais o perfil da Vila Olímpia que o da Vila Madalena (não que o segundo seja melhor -se os barbudinhos do Los Hermanos fossem de SP, frequentariam bares da Vila Madalena, com certeza). Beijos paulistanos. (=

Taísa disse...

Adivinha quem está indo pra São Paulo semana que vêm?

thisisthenewshit disse...

Hahahahah, eu pensei em colocar Sandy e Júnior no meu post sobre o punk rock, mas deixei pra lá. Talento ele tem, sério. Eu sou músico também, ele toca muito bem, mas a música é uma merda.

Adorei seu blog, já coloquei nos "interessantes".

Rogério/Ruy disse...

Oba! Que boa notícia. Avise quando estiver vindo.

desconhecido autor disse...

Eu tenho certeza que ele fuma maconha sempre - pra se sentir mais 'artista'. Afinal, quem é que não faz isso, não é? Eu queria mesmo saber de onde você tirou esse texto. Grande ócio.

Walter Andrade, disse...

Jura? Então tomara que apareça alguém para repor o lugar dele e que ele se aposente logo para que eu consiga manter uma boa imagem dele.

E, porra, na sua lista de livros estão vários dos meus livros preferidos. *-*
Você não gosta de García Márquez?

borges disse...

putz, quem diria...SandyJunior hein...(naquele tom de "buniiito hein?").aheuha

confissão: (na minha formatura de pré-escolar apresentei aquela música "Que Cô Cê foi fazer no mato Maria Chiquinha?" ou coisa assim, com uma coleguinha. Até hoje me reviro de auto-vergonha...